quarta-feira, janeiro 10, 2007

TLEBS

A confusão continua. Segundo o director-geral da Inovação e Desenvolvimento Curricular, a TLEBS tem deficiências e a maior parte delas só se corrigirá depois de serem identificadas «na prática com os alunos», que servirão de cobaias para uma terminologia que «tem deficiências», como reconhece à partida. Apesar disso, entende não querer «que a TLEBS seja um corpo estranho nas escolas». Logo, haverá agora uma comissão que corrigirá as deficiências (onde estará, entre outros, o Prof. Aguiar e Silva), mas o Ministério vai fazer uma «comparação, através dos exames do 9.º e do 12.º ano» entre os alunos que tiveram a TLEBS e aqueles que não a tiveram -- para saber quem deles está melhor a Português. Acontece que os actuais alunos do 9º ano ainda não conhecem a TLEBS e ninguém obriga os professores do 12º ano a leccionar os novos conteúdos gramaticais.
Mas há uma passagem engraçada na entrevista com Luís Capucha: «A TLEBS tem diversos níveis de complexidade e é um instrumento científico. Provavelmente não teria feito sentido que o anterior Governo a tivesse aprovado.» Pergunta a jornalista Barbara Wong: «Discorda dessa decisão?» Resposta: «Creio que o Governo PSD-CDS/PP deveria ter incentivado a construção de uma terminologia uniformizada; mas a principal missão do ME seria pegar nesse instrumento científico e transformá-lo em conteúdos passíveis de administração ao ensino.»
É sempre fácil lançar as culpas para cima dos outros...

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