terça-feira, novembro 23, 2004

Soares e Bush

Qualquer político, em qualquer lugar, gostaria de ter obtido a vitória que Bush obteve. Ela foi expressiva e transparente, foi obtida a partir de fortes convicções e não vergou ao politicamente correcto da política externa e dos costumes. Ele teve o maior número expresso de votos que alguma vez elegeram o Presidente dos Estados Unidos e o seu partido alargou a maioria no Congresso e no Senado.
De nada valeu a opinião veiculada pelos media e claramente favorável a Kerry. Os americanos souberam destrinçar entre a opinião que lêem e a opinião que têm e que vão construindo ao longo do tempo.
Aqui no rectângulo, foram muitos os que declararam ir votar Kerry. Foi pena não o terem feito, talvez assim o resultado fosse mais equilibrado. Ao mesmo tempo, o interesse e a participação demonstrados pelo povo americano confirmaram aos mais desatentos uma sociedade responsável, que sabe o que quer e desmente essa falsa ideia de um povo inculto, desinteressado e egocêntrico.
Na semana que antecedeu o acto eleitoral, no programa “Prós e Contras”, Mário Soares definiu Bush como um fanático religioso que está convencido de que fala com Deus e julga estar a cumprir uma missão na Terra. Perante esta opinião só podemos ter duas atitudes: ou ele acredita no que disse e merece um rápido acompanhamento médico ou então trata-se de uma desonestidade intelectual numa pessoa que se julga uma sumidade internacional, especialmente quando se coloca contra a política externa norte-americana. É preciso lembrar aos “esquecidos estratégicos” que o senhor em causa foi vencido na eleição para presidente do Parlamento Europeu por uma senhora completamente desconhecida, vítima ainda por cima de comentários infelizes e machistas por parte de Mário Soares. Felizmente que no presente outros foram capazes de ascender aos mais altos cargos políticos europeus. Podemos estar contra uma Administração americana, discordar das suas políticas e desejar a sua derrota eleitoral; não podemos é difamar, distorcer factos e mentir sobre as pessoas.
Por favor, ajudem-no a terminar a sua carreira com dignidade.

1 comentário:

Anónimo disse...

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